terça-feira, 20 de janeiro de 2009

DEPRESSÃO É...



A palavra depressão vem do latim depressio, que significa abaixamento. É um transtorno mental caracterizado pelo rebaixamento do humor, redução da energia, queixas hipocondríacas e diminuição das atividades. Existe uma alteração da capacidade de experimentar o prazer, perda de interesse, choro fácil, pensamentos autodepreciativos, idéias suicidas e diminuição da capacidade de concentração associada, em geral, a fadiga acentuada mesmo após esforço mínimo. Mas esse quadro não deve ser confundido com tristeza ou melancolia, estados normais que eventualmente acometem em todos nós.


Aparecem também outros problemas. Existe quase sempre decréscimo da auto-estima, da autoconfiança, do sono e apetite e a pessoa é acometida de um sentimento de culpabilidade. O humor depressivo varia, de dia para dia ou segundo as circunstâncias e pode ser acompanhado de surtos ditos “neuróticos”, como por exemplo, perda acentuada de interesse ou prazer, despertar matinal precoce, várias horas antes do horário habitual, lentidão psicomotora, irritabilidade, agitação, perda de peso e diminuição da libido. A presença e a gravidade dos sintomas permitem determinar os graus de depressão.



A leve caracteriza-se pela presença de dois ou três dos sintomas citados, mas o queixoso consegue, com esforço, manter suas atividades profissionais e sociais; a moderada apresenta quatro ou mais dos sintomas citados e já compromete, em algum grau, as atividades profissionais, sociais e familiares do indivíduo, incluindo também o desinteresse pela atividade sexual. Na grave, a qual os sintomas são vivenciados de forma muito acentuada e angustiante, o deprimido se vê quase sempre a quem da vida e essa é um fardo pesado. O deprimido se sente inútil para merecê-la e geralmente desiste de participar de todos os compartimentos normais da vida que todos nós temos.



O tratamento das depressões pode ser essencialmente medicamentoso e cuja duração dependerá de fatores particulares que as individualizam e, em função do melhor dos prognósticos, também deve ser, de forma complementar, psicoterapeutico. Na depressão reativa, as causas da depressão devem ser buscadas e discutidas com o paciente visando o seu autoconhecimento e a sua compreensão. Geralmente essas causas envolvem perdas significativas, mudanças bruscas de situações estruturadas, de um colapso emocional, de conflitos no aspecto profissional, social, familiar ou dos estágios da vida e no stress prolongado que vão persistir enquanto atuarem as circunstâncias desfavoráveis.



A diferença entre as depressões endógenas e as reativas, em alguns casos, são de difícil distinção sendo mais qualitativas que quantitativas. Nas causas endógenas, é fundamental o apoio de drogas antidepressivas concomitante à abordagem psicoterapeutica para um trabalho de reforço de ego e de treino assertivo que, apesar das resistências comuns dessas personalidades, aumentam as defesas dos pacientes para o enfrentamento das angústias normais inerentes aos seres humanos ou das provenientes da disfunção bioquímica. Mas, a maioria dos sintomas pode ser, com o tratamento adequado, enfrentados pelos medicamentos antidepressivos e pelo aumento da capacidade cognitivo-afetiva do paciente que vão munindo-lhe com defesas mais estruturadas diante da vida e de sua existência.

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