terça-feira, 6 de janeiro de 2009

HIPNOTERAPIA



A hipnose nada mais é que um sono parcial, um estado entre a vigília e o sono. A técnica varia segundo o seu experimentador. A mais comum é a que utilizo através da fixação da atenção do paciente e uma estimulação geralmente verbal (fala sugestiva) que provoca o transe ou comunicação hipnótica. O transe é o resultado do uso da palavra (voz do hipnotizador) como um estímulo sonoro empregado de forma monótona, persistente, rítmica para facilitar a irradiação do processo excitatório-inibitório cortical.

Com a palavra se obtém numerosos efeitos tanto dirigidos ao mundo exterior do paciente, como ao seu próprio mundo interior. Assim, por exemplo, quando sugestiono o paciente sob hipnose a sentir a deformação da realidade provocando alucinações visuais, auditivas, gustativas, olfativas, etc., mostro-lhe que a realidade concreta tem, nesse momento, menor influência que a realidade que a palavra designa.

A hipnose é um estado psicológico normal, não obstante as alterações psicossomáticas que produz. Não costuma ter o caráter espetacular que popularmente se lhe atribui. Está cientificamente estabelecido que a diferença de comportamento do indivíduo acordado para o indivíduo hipnotizado é uma diferença quantitativa, não qualitativa. Portanto, uma diferença de grau, não de natureza. Sob o efeito do transe hipnótico, as peculiaridades da personalidade humana não se modificam em sua essência, mas apenas aumentam ou diminuem.


A hipnose tem inúmeras aplicações médicas, odontológicas, psicológicas, sexológicas, etc. Seu uso na psicologia se amplia inegãvel e progressivamente, diante das circunstâncias de cada época, pelas possibilidades que pode abranger: no combate ao stress, na regressão de idade, nas dissensibilizações para preparações cirúrgicas, no transtorno do pânico, nos diversos estados depressivos, ansiosos e fóbicos, nos problemas sexuais, na obesidade, no tabagismo, dentre outros.

Ocorre, atualmente, sua utilização mais adequada na medicina psicossomática, já que o compartimento das somatizações é o próprio e intrínseco lugar da hipnose. Contudo, ela será sempre uma forma auxiliar na abordagem terapêutica, porque ela funciona como um veículo para se fazer o acesso ao inconsciente do indivíduo, nunca sendo a terapia em si. Trata-se um paciente sob hipnose e não com a hipnose.


As intervenções hipnoterápicas sugeridas dependem do caso clínico de do seu ganho pretendido pelo paciente. Essas visam sempre a melhoria do seu estado geral, sua sensação de bem estar e equilibrio. Sendo possível num tratamento breve, com esse recurso por auxiliar, fazer psicoterapia ativa e, na maioria dos casos, mediante as hipno-sugestões obter-se remissão dos sintomas e alterações nas representações psíquicas (insighit) dos pacientes, num processo padronizado e seguro.

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